História de Itacaré, Bahia

Itacaré é uma cidade localizada na Costa do Cacau, no sul da Bahia, e tem uma história rica que combina influências indígenas, coloniais e africanas.

Origem e Primeiros Habitantes

A história de Itacaré começa muito antes da chegada dos portugueses ao Brasil. A região era habitada originalmente pelos índios Tupiniquins, um dos muitos grupos indígenas que viviam ao longo da costa brasileira. Os Tupiniquins viviam da pesca, da agricultura de subsistência (principalmente mandioca) e da coleta de frutos.

Chegada dos Portugueses e Colonização

Com a chegada dos portugueses no século XVI, a região de Itacaré começou a ser explorada por sua localização estratégica e pela abundância de madeira e outras riquezas naturais. No início, Itacaré era conhecida por suas florestas de pau-brasil, uma madeira valiosa que foi uma das primeiras grandes exportações do Brasil para a Europa.

No século XVIII, a região começou a ser colonizada de forma mais intensa pelos portugueses. Itacaré se tornou um ponto importante para o comércio e a navegação, pois sua localização próxima ao rio de Contas facilitava o transporte de mercadorias. A economia local passou a se basear na agricultura, especialmente no cultivo de cana-de-açúcar e, posteriormente, no cultivo de cacau.

 

Era do Cacau

No final do século XIX e início do século XX, Itacaré se beneficiou do chamado “ciclo do cacau”, que transformou a região em uma das maiores produtoras de cacau do mundo. Durante essa época, a cidade experimentou um grande crescimento econômico e populacional. Muitas fazendas de cacau foram estabelecidas, e a riqueza gerada por esse cultivo trouxe prosperidade para a região.

No entanto, essa prosperidade não durou para sempre. Na segunda metade do século XX, o cultivo de cacau na região foi devastado por uma praga chamada “vassoura-de-bruxa”, que causou um grande declínio econômico e forçou a população local a procurar outras fontes de renda.

Turismo e Renascimento

Após a crise do cacau, Itacaré passou por um período de dificuldades econômicas. No entanto, a cidade começou a se reinventar como um destino turístico a partir da década de 1990. Com suas praias paradisíacas, natureza exuberante, e sua rica cultura local, Itacaré atraiu a atenção de turistas brasileiros e estrangeiros.

Hoje, o turismo é a principal atividade econômica da cidade. Itacaré é conhecida por suas belas praias, como a Praia da Concha, Praia da Tiririca, e Praia da Engenhoca, que atraem surfistas, amantes da natureza e visitantes que buscam um refúgio tranquilo. Além disso, a cidade mantém um charme rústico e acolhedor, com suas ruas de paralelepípedos, casas coloridas e uma atmosfera relaxante.

Cultura e Tradições

Itacaré também é um lugar onde a cultura local é rica e diversa, com influências indígenas, africanas e portuguesas. Festividades como o São João e a Festa de Iemanjá são celebradas com entusiasmo pelos moradores. A culinária local, rica em frutos do mar e temperos baianos, também é um destaque para os visitantes.

Quem foi o Mestre Morenito ?

  “Artesão, coreógrafo, figurinista, diretor teatral, carnavalesco, alegorista, músico, passista, folclorista, sabe-se lá quantas profissões podem se concentrar em um grande Mestre, como o nosso querido Morenito.

Suas miniaturas de canoas e embarcações tradicionais de Itacaré, ou a ‘‘guiga’’, sua criação mór feita com ripas de jenipapo e lona no modelo de um caiaque são algumas das obras que Seu Morenito idealizou e deu vida como artesão.

O Paturi, figura tradicional da cultura itacareense, seus afoxés enriquecidos com uma variedade de expressões indígenas, sua africanidade ingenuamente expressa, transmitindo cenários compostos por uma pluralidade única de olhos capazes de registrar alegoricamente truques e decorações existentes nas mais variadas manifestações brasileiras, desde sobreposição de lantejoulas e plumas das escolas de samba cariocas que sempre lhe inspiraram, aos búzios e miçangas do ‘‘Filhos de Gandhi’’.

Na captura incessante de natureza morta, com suas próprias mãos e sabedorias a remar por entre mangues e comunidades ribeirinhas, pela Povoação, Santos Amaro, Joao Rodrigues, coletava  da curtiça à taipoca, do sapé ao Imbé, bambu, palha de licuri, palma de coqueiro e dendê, tinta de urucum, lágrima de Nossa Senhora, pena de galinha e de peru, arco de jenipapo, pau-pombo esculpido e qualquer outra belezura que aparecesse…” ler mais…

 

Fonte: Blog Casa do Boneco.

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